Sunday, March 30, 2008

Exê ê! Baba Exê ê!


Olha, mais uma vez eu dei mole... vacilei, mas vacilei feio.... por respeito, não levei câmera.... mas poderia ter levado para postar aqui... mas tudo bem, acho que dá para entender as fotos que não fiz.
Uma aluna convidou-me para uma saída de santo na terra dela.
Não deixa de ser uma situação pitoresca, pois boa parte dos meus alunos é evangélica e outra boa parte é muito preconceituosa com religiões de matriz africana, sendo que um grupo não exclui o outro; além disso, o barracão é lá em Guaratiba, a festa seria, é claro, para varar a madrugada. E mais... eu levaria a minha mãe. Não deixando de registrar que a minha querida aluna, para garantir a minha presença no evento, disse que começariam a tocar por volta das oito da noite.(Ela achou que se me dissesse o horário certo, eu não iria... tadinha...)
Tonta que sou, porque tô cansada de saber que candomblé é para amanhecer, cheguei as oito.
Começou meia-noite e quinze.
Saímos de lá cinco e quinze. E não tinha acabado.
Encurtando a história: eu sou uma tonta... deveria ter usado um pouco da minha massa encefálica e chegado lá mais tarde, para aguentar ficar até acabar. Isso porque aquilo ali foi MUITO LINDO.

Não vou pormenorizar nada, porque rituais de candomblé prococam, pelo menos em mim, uma sensação de prazer, alegria, emoção e fé indescritível. Descrever seria uma tarefa impossível.

Nação Efon, tradicionalíssima. Barracão organizadíssimo e ritual absolutamente emocionante e belo. Só posso agradecer aos
Orixás a oportunidade.


Uma lenda de Oxaguiã:

... comedor-de-inhame-pilado


Oxaguiã não tinha ainda este nome. Chegou num lugar chamado Ejigbô e aí tornou-se Elejigbô (Rei de Ejigbô). Oxaguiã tinha uma grande paixão por inhame pilado, comida que os iorubás chamam iyan. Elejigbô comia deste iyan a todo momento; comia de manhã, ao meio-dia e depois da sesta; comia no jantar e até mesmo durante a noite, se sentisse vazio seu estômago! Ele recusava qualquer outra comida, era sempre iyan que devia ser-lhe servido. Chegou ao ponto de inventar o pilão para que fosse preparado seu prato predileto!

Impressionados pela sua mania, os outros orixás deram-lhe um cognome: Oxaguiã, que significa "Orixá-comedor-de-inhame-pilado", e assim passou a ser chamado. Awoledjê, seu companheiro, era babalaô, um grande advinho, que o aconselhava no que devia ou não fazer. Certa ocasião, Awoledjê aconselhou a Oxaguiã oferecer: dois ratos de tamanho médio; dois peixes, que nadassem majestosamente; duas galinhas, cujo fígado fosse bem grande; duas cabras, cujo leite fosse abundante; duas cestas de caramujos e muitos panos brancos. Disse-lhe, ainda, que se ele seguisse seus conselhos, Ejigbô, que era então um pequeno vilarejo dentro da floresta, tornar-se-ia, muito em breve, uma cidade grande e poderosa e povoada de muitos habitantes. Depois disso Awoledjê partiu em viagem a outros lugares. Ejigbô tornou-se uma grande cidade, como previra Awoledjê. Ela era rodeada de muralhas com fossos profundos, as portas fortificadas e guardas armados vigiavam suas entradas e saídas. Havia um grande mercado, em frente ao palácio, que atraía, de muito longe, compradores e vendedores de mercadorias e escravos. Elejigbô vivia com pompa entre suas mulheres e servidores. Músicos cantavam seus louvores. Quando falava-se dele, não se usava seu nome jamais, pois seria falta de respeito. Era a expressão Kabiyesi, isto é, Sua Majestade, que deveria ser empregada. Ao cabo de alguns anos, Awoledjê voltou. Ele desconhecia, ainda, o novo esplendor de seu amigo. Chegando diante dos guardas, na entrada do palácio, Awoledjê pediu, familiarmente, notícias do "Comedor-de-inhame-pilado". Chocados pela insolência do forasteiro, os guardas gritaram: "Que ultraje falar desta maneira de Kabiyesi! Que impertinência! Que falta de respeito!" E caíram sobre ele dando-lhe pauladas e cruelmente jogaram-no na cadeia.

Awoledjê, mortificado pelos maus tratos, decidiu vingar-se, utilizando sua magia. Durante sete anos a chuva não caiu sobre Ejigbô, as mulheres não tiveram mais filhos e os cavalos do rei não tinham pasto. Elejigbô, desesperado, consultou um babalaô para remediar esta triste situação. "Kabiyesi, toda esta infelicidade é consequência da injusta prisão de um dos meus confrades! É preciso soltá-lo, Kabiyesi! É preciso obter o seu perdão!" Awoledjê foi solto e, cheio de ressentimento, foi-se esconder no fundo da mata. Elejigbô, apesar de rei tão importante, teve que ir suplicar-lhe que esquecesse os maus tratos sofridos e o perdoasse. "Muito bem! - respondeu-lhe. Eu permito que a chuva caia de novo, Oxaguiã, mas tem uma condição: Cada ano, por ocasião de sua festa, será necessário que você envie muita gente à floresta, cortar trezentos feixes de varetas. Os habitantes de Ejigbô, divididos em dois campos, deverão golpear-se, uns aos outros, até que estas varetas estejam gastas ou quebrem-se". Desde então, todos os anos, no fim da sêca, os habitantes de dois bairros de Ejigbô, aqueles de Ixalê Oxolô e aqueles de Okê Mapô, batem-se todo um dia, em sinal de contrição e na esperança de verem, novamente, a chuva cair. A lembrança deste costume conservou-se através dos tempos e permanece viva, tanbém, na Bahia. Por ocasião das cerimônias em louvor a Oxaguiã, as pessoas batem-se umas nas outras, com leves golpes de vareta... e recebem, em seguida, uma porção de inhame pilado, enquanto Oxaguiã vem dançar com energia, trazendo uma mão de pilão, símbolo das preferências gastronômicas do Orixá "Comedor-de-inhame-pilado." Exê ê! Baba Exê ê!

Saturday, March 29, 2008

Censura

Ó... tirei uma parte daquele post “Guia da dura“.
Por que?
Porque li e não gostei... acho que tenho direito a auto-censura.
Inté.

Tuesday, March 25, 2008

Katze

Sim, sim, sim... para os que perguntaram, a Katze está melhor. Ferida aberta, mas cicatrizando aos poucos. Faço os curativos em casa, ela não reclama e ficamos bem. Pra falar a verdade, ela reclama quando eu NÃO faço o curativo.
Vai entender cabeça de gato...

O Guia da Dura

Eu nem queria escrever nada... tava aqui, curtindo a minha chuva... pensando em postar um “ainda bem!!! O BBB acaba hoje!!!!“ Mas acabei me rendendo ao fazer nada e pensar em acordar amanhã cinco e meia da matina.
Porém, ai porém... fui ver O Dia on Line. Aí não teve jeito:
http://odia.terra.com.br/brasil/htm/secretaria_lanca_cartilha_para_orientar_cidadaos_sobre_direitos
_na_hora_da_abordagem_policial_159994.asp

O Guia da Dura. Eu mereço?!
Vamos lá, porque essa oportunidade eu não posso perder...

“Se você for parado pela polícia, alguns comportamentos podem ajudar aimpedir que a situação se transforme em conflito:“ (isso quando ela em si já não é um conflito...)
-fique calmo e não corra (ahn?!?!?!?!?!)
-deixe suas mãos visíveis e não faça nenhum movimento brusco (tipo respirar?)
-não discuta com o policial e nem toque nele. (mas ele me tocar, pode, né, bebé?) Não faça ameaças ou use palavras ofensivas. (aquelas como “qual a sua identificação mesmo?“ ou “ vou levar isso a Corregedoria, viu soldado?“)

Mas tem a parte boa, sem trocadilhos ou piadinhas infames. Afinal, somos um povo ignorante e pouco sabemos de nossos direitos:

-temos o direito de saber a identificação do policial;
-direito de sermos revistados por policiais do mesmo sexo;
-direito de acompanhar a revista do carro ou termos alguém que não seja policial para fazê-lo ( não resisto... quem, mon dieu, quem...)
-direito de srmos presos somente por ordem de um juiz ou em flagrante;
-direito de não ser algemado se a conduta não for violenta ou se não estivermos tentando fugir da abordagem;
-direito de, em caso de prisão, não falar nada além de nossa identificação e de entrar em contato com familiares e advogado.

Podiam fazer um para os policiais também, tipo: VOCÊ NÃO TEM O DIREITO DE...

PS: Editei, tirei bobagens... li este post novamente e achei uma merda. Acho que tenho o direito de me auto-censurar...

Monday, March 24, 2008

...

Era tarde, a madrugada já devia estar bem adiantada. Abri os olhos e estava lá, no meio da rua, descalça. Andava, andava, a rua parecia não ter fim. Olhava para frente e era aquele caminho reto, sem curvas, sem nada, nem sabia porque razão andava, para onde, mas seguia ...

Olhava para cima e aquela lua cheia, cercada por belas nuvens que escondiam as estrelas faziam com que eu esquecesse que não sabia que rua era aquela e porque estava ali, andando sem rumo.

Não chorava, apesar da vontade. Sabia que não havia razão, era somente outro sonho esquisito, que começara do nada, de maneira confusa, logo nos primeiros momentos de sono e que logo passaria.

Também não me preocupava em encontrar algo ou alguém familiar, que viesse com os torturantes “porquê“, “o quê“, “desde quando“ e outros questionamentos tão inúteis para quem não tem a intenção de explicar ou entender absolutamente nada.

Aos poucos, aquela solidão me trazia de volta ao sono naquele estágio em que nada mais te acorda, aquele sono que chamam dos justos... mal senti quando as pernas pararam. Nem me preocupei em saber onde. Não enxergava mais nada.

Quando abri os olhos, a lua já estava longe, as nuvens próximas, a rua havia acabado e vi no reflexo do espelho que meu rosto tinha marcas de muitas lágrimas que o haviam atravessado.

E nenhum questionamento.

Somente o silêncio. O perturbador silêncio....

Saturday, March 22, 2008

Feliz Páscoa

Quando você é criança, a Páscoa chega como sinônimo de uma coisa doce, marronzinha e embrulhada em um papel alegre e brilhante: o ovo de chocolate, ou de Páscoa, se preferirem.
Eu já cheguei a sonhar com a chegada do Coelhinho da Páscoa... sim, sim, sim. Eu acreditava.
nunca acreditei em Papai Noel. Para mim, o bom velhinho nunca foi tão velhinho e não tinha barba e nem cabelos brancos. Ele tinha sim, um nariz adunco e sob ele um bigodão bem preto.
Hoje, se eu tivesse filhos, eles até poderiam acreditar que o vovô fosse o Papai Noel, mas naqueles tempos, Seu Ale ainda estava bem enxuto.
Quando eu descobri, enfim, que o Coelhinho era a minha mãe que, pouco antes de eu acordar no domingo de Páscoa, colocava no “ninho“ que eu havia cuidadosamente arrumado na noite anterior um ovo de chocolate número 14 e alguns bombons... nossa... lembro como se fosse hoje. Assim como lembro do sonho com aquela coelhona de olhos vermelhos do tamanho dos postes da rua e com uma cesta enorme nas patas dianteiras com ovos para distribuir.
Coisas de criança, mas tão preciosas.

Depois você cresce e as coisas vão perdendo a graça. Você começa a comprar caixas de bombons, deixa de ganhar os tradicionais e deliciosos ovos. Até mesmo começa a questionar a razão de tal feriado e não vê mais motivo para comemorar nada. Passa a ser feriado de criança.

Hoje, depois de muitos anos vi um grupo de jovens adolescentes aqui do bairro procurando um lugar para malhar um Judas muito bem feito com panos. Parei para ver, mas eles estavam muito confusos, um vai pra lá, vai pra cá sem fim. Desisti e vim para casa. Nos sábados de Aleluia minha mãe ia a um ritual em um centro espírita kardecista no Andaraí, saíamos muito cedo, antes de amanhecer. Eu ia contando os judas pendurados nos postes. Não sei se por conta das neo-pentecostais, aos poucos (mais) essa tradição foi sumindo. Agora é ato político.

Tudo acaba mudando mesmo, seja no público ou no privado. Fica sempre e cada vez mais chato e sem graça.

Sunday, March 16, 2008

2008

Esse ano já deu, né?
E que venha 2009.
Eu não aguento mais as comemorações da chegada da Família Real ao Brasil. O problema não é você ver nisso um fato histórico importante para o país e para a cidade, mas você não querer ver esse acontecimento por todos os ângulos. O tempo da história das elites já foi e há muito.
Não vejo na chegada dos portugueses motivos para somente comemorar, assim como também não vejo razões para somente criticar.
Recebi um e-mail criticando demais as comemorações, depois vou postá-lo aqui, li o livro “oficial“ da comemoração, o 1808, de Laurentino Gomes. E não concordo com o radicalismo do primeiro e nem com o excesso de benfeitorias exposto pelo segundo.
Mas não quero iniciar esta discussão. Mesmo porque a prefeitura está martelando seus professores para fazerem deste ano um ano de “Projetão Família Real“, um saco. Até palestra com Cesinha e Cônsul português eu fui obrigada a ir. Eu, não: todos os professores de história da rede. Dá para trabalhar sobre o tema? Claro que sim, mas na marra...
Na minha escola, pelo menos para mim, está sendo bem desagradável, porque na reunião em que se decidiu pelo tema principal a chegada do povo eu estava na reunião com o prefeito e não pude apitar em nada. Resultado? Mês de março para elaborar projeto e exibir. Se eu vou dar conta? humpf

Conversando com colegas, pensamos em coisas mais atuais para trabalharmos, e o ano de 2008 é muito rico em datas para serem trabalhadas de diversas maneiras e em várias disciplinas:
- 2008 é o Ano Internacional do Planeta Terra,
- 40 anos do assassinato do estudante Edson Luis no restaurante Calabouço, em 28/03,
- em 04/04 completa 40 anos da morte de Martin Luther King,
- em 14/05 Israel completa 60 anos,
- 18/06 - 100 anos do início da imigração japonesa no Brasil,
- 26/06/1968 foi a data da Passeta dos Cem mil, na Av. Rio Branco, centro do Rio de Janeiro,
- em 29/09 farão 100 anos da morte do nosso grande Machado de Assis,
- em 05/10/1988 foi promulgada a atual Constituição,
- em 13/10/1968 morria Manuel Bandeira,
- em 15/11, a Umbanda faz 100 anos,
- Candeia faleceu em 16/11/1978,
- o dia 13/12/1968 ficou marcado na História como o dia do AI-5, quando o ar ficou intragável, mesmo sendo no Ano Internacional dos Direitos Humanos (1968)
- em 22/12/1988 foi brutalmente assassinado Chico Mendes

Pois é. Tantas, mas tantas datas... muito pouco para se comemorar, é verdade, mais lamentos que qualquer coisa. Mas fatos inquestionavelmente importantes para a nossa história. Muitos ainda ecoando em nossas vidas, seja em livros, pais de amigos, em programas de televisão, peças teatrais.
Será um ano, indubitavelmente, de reflexões e muito, muito trabalho.

Ano que vem, pode vir a ser mais agradável. Aí sim, poderemos comemorar os 30 anos da Lei da Anistia e chorar baixinho a morte de Nara Leão e do divino Zé Keti. Mas...
“Não chore ainda não, que eu tenho a impressão
Que o samba vem aí
É um samba tão imenso que eu às vezes penso
Que o próprio tempo vai parar pra ouvir“

Mas...
“Se alguém perguntar por mim / diz que fui por aí...
Tenho um violão / p’ra me acompanhar
Tenho muitos amigos / eu sou popular
Tenho a madrugada / como companheira
A saudade me dói / o meu peito me rói
Eu estou na cidade / eu estou na favela
Eu estou por aí
sempre pensando nela“

Saturday, March 15, 2008

Quando? Agora?

Ontem fiz algo inacreditável... fui a um show do Nando Reis. Assim, do nada.
Atendi um telefonema que dizia: “Você quer ir a um show do Nando Reis?“
Eu, que não sou trouxa e nem fã, mandei na lata: “Não. Mas... de graça? Sério?! Você vai junto? Quando? Agora? Tá, te encontro lá, tchau, bjo“
De graça.... Sunday ganhou dois ingressos e fomos.
Digo inacreditável porque aconteceram várias coisas improváveis na noite de ontem.
- eu sempre achei o NR um chato. Adoro as letras dele com a Cassia Eller e com a Marisa Monte, com o Titas. Acho aquela musica que ele compôs para a Marisa (All Star) uma das coisas mais lindas do mundo, mas ele... sei não... nunca pagaria para vê-lo.
- Sunday num show do Nando Reis? Como assim???????? rsrsrsrsrsrs
- que porra é aquela de “ o amooooorr, tem caloooooor“?!?!?!?!?! EU ODEIO J Quest e mais ainda quem escreveu essa merda de música! Ou seja, o NR.


Mas estava lá... e sabem que eu gostei? Em momentos estratégicos ia ao banheiro, então não presenciei “o amoooooor tem saboooooorrrrrr“....
Mas cantei feliz da vida “os cegos do castelo“, “all star“,“relicário“, “marvin“ e tantas outras que me acompanharam por muitos anos.

Mas nossa, aconteceu uma coisa. Ele escreveu uma música linda para uma das filhas, a Zoé. Já conhecia e era somente mais uma música. Mas ontem me trouxe uma dor de volta, não sei porque, não sei como, me peguei cantando aquilo aos prantos.
Na verdade, sei sim. Mas esse bode aconteceu semanas atrás, não entendi porque se tornou físico ao ouvir Zoé. E acreditem que estou escrevendo isso aqui bastante emocionada.

Tô começando a acreditar que certas feridas nunca cicatrizam, ou será frescura minha?
Acho que prefiro a segunda opção.


Ah, hoje tem feijoada no Império Serrano, mas eu não vou porque está um frio dos diabos, está chovendo canivetes aqui na Curicica e eu quero ficar debaixo dos meus edredons. E tenho dito.

Ah,como eu achei que o show não seria nada muito interessante, não tirei fotos (que tipo de blogueira sou eu?!), ok?

Mas deveria, porque o palco estava simples e lindíssimo.
burra, burra, burra!!!


ERRATA: Meu colaborador Rogério acabou de me puxar as orelhas. All Star NÃO é para a Marisa Monte, e sim para a Cássia Eller. Ele, o NR, no próprio álbum, dedica a música para a amiga.

Friday, March 14, 2008

Condominio Verde Mar


Não sei se vocês sabem, mas para ir trabalhar eu pego duas conduções. Normalmente uma van aqui na Bandeirantes e depois o danado do 855, que me deixa na esquina da escola.
Faço este trajeto há 4 anos.
Nesse tempo aprendi a curtir a viagem, que é muito agradável: vista para o Maciço da Pedra Branca de cabo a rabo. Desde a minha casa até a descida da Grota Funda, fora o Magarça.
Então, observadora que sou, notei a construção de um condomínio de luxo chamado Verde Mar, DENTRO do maciço. Bem na beira da Estrada dos Bandeirantes, mas subindo a mata.
Construção de mansões. Poucas, porém, enormes.

Depois de algum tempo achando aquilo estranho, já que estavam derrubando a mata, vi uma reportagem no RJ-TV sobre construções irregulares no Maciço. E não é que o tal condomínio era a “estrela“ da reportagem?! Fiquei super feliz em saber que a obra seria embargada.

Até me corrijo ao dizer que naquele tempo, acho que uns 2 anos atrás, ainda não havia casas, somente o descampado.
Mas a obra, apesar de embargada, não parou. Coisa de quase um ano depois lá estão umas 5 ou 6 casas, enormes, “chiquerézimas de doer“ em plena construção. Mandei vários e-mails para o RJ-TV, para o Ibama, para a secretaria de Meio ambiente e nada! Até que ontem, li no jornal que a obra foi mais uma vez (!!!!!!!) fechada :

“RIO - Uma reportagem do telejornal "RJTV" 1ª edição informou, nesta quarta-feira, que obras irregulares derrubam áreas verdes do entorno do Parque Estadual da Pedra Branca, em Vargem Grande, na Zona Oeste do Rio. Uma equipe do telejornal sobrevoou o local e flagrou obras que estão abrindo clareiras no meio da mata nativa por falta de fiscalização. Homens e máquinas trabalhavam em um grande terreno, em meio à mata nativa.

O Parque Estadual da Pedra Branca, uma área de preservação ambiental que ocupa mais de 12 mil hectares, é considerado uma das mais importantes reservas do país dentro de zonas urbanas. Mas lá a natureza é alvo constante de agressões.

Em outro ponto da Estrada dos Bandeirantes, o condomínio Verde Mar é outra construção irregular. A obra já foi embargada por órgãos ambientais por falta de licença. Além dos apartamentos, uma imensa clareira aberta na mata não pára de crescer. Nesta quarta, fiscais da secretaria estadual de meio ambiente foram mais uma vez ao condomínio Verde Mar. Eles entregaram um documento exigindo a paralisação imediata das atividades e interditando as obras.

- Como eles não paralisaram as obras, é uma questão de polícia e de justiça. Vamos solicitar o Ministério Público para que agilize o processo na Justiça para responsabilizar o empreendedor criminalmente e nos autorizar a demolição do prédio. Não conseguimos falar com ele nesta quarta, mas vamos encontrá-lo com certeza - disse o coordenador da comissão estadual de controle ambiental José Maurício Padrone ao RJTV.

Segundo o coordenador, o condomínio já foi multado anteriormente:

Esse condomínio é um flagrante desrespeito de todas as formas. Já foi multado, já foi embargado diversas vezes. Hoje estamos entregando a interdição definitiva, que é a punição administrativa mais rigorosa.

Flávio Lima, do Batalhão Florestal, explicou que o local terá fiscalização permanente até que seja obtida autorização para demolição do condomínio:


- Atuamos aqui em conjunto com a Secretaria estadual do Meio Ambiente, há um inquérito na delegacia de meio ambiente e esse local será mantido no roteiro de fiscalização permanente até que se obtenha autorização judicial para a demolição.“
http://oglobo.globo.com/participe/mat/2008/03/12/obras_irregulares_abrem_clareiras_na_mata_em_vargem_grande-426195824.asp

A foto acima foi colada da reportagem e mostra o horror pelo qual o Parque vem passando com a abertura de clareiras para construções.

Hoje passei de novo e fiquei de olho, porque o Parque é nosso! Qualquer coisa, é só ligar para o Disque-Denúncia: 2253-1177, ou pelo telefone de denúncia do Batalhão de Polícia Florestal: 3399-4832.

Thursday, March 13, 2008

Amanhã é sexta!!!!!!!!

Brutos, brutos... o que fazer sem eles?
Nada, né? Porque qual graça teria uma boa cerveja de meninas sem pelo menos, de uma a duas rodadas sem falar mal deles?

Esse lance de dar aula, ser professora é uma loucura. Eles, os alunos, te consomem demais!
Hoje, por exemplo: acordei 5:30 da matina, banho, frutinha e rua. Van, atrasada, van e, ônibus. Atrasada e sorridente, a primeira frase que ouvi de colega funcionária foi... “Alessandra tá sempre de bem com a vida, sempre sorridente“. É... fazer o quê, né? Tem que ir para a labuta... e o dia, eu pensei, seria mais proveitoso. Não o foi...


Tomei banho e tudo para ficar disposta para o segundo turno e quando deu 4 horas parecia que tinha passado um caminhão sobre mim.
Que tristeza... e ainda ouvi outra colega dizer que tenho muita disposição e gosto para o magistério. Hã.


Mas será mesmo?

Tuesday, March 11, 2008


Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...

Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...

Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri

E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...


Florbela Espanca

ahn?

Essa vida boa que a gente tem de vez em quando enche o saco... ai ai.
Tava lendo uns posts de um dos meus blogs favoritos, o “homem é tudo palhaço“. Pelo conjunto da obra, sabe... porque homem, é tudo palhaço mesmo e empresárias circenses com experiência no mercado sabem disso muy bien.
Aí, tava eu aqui, plena mais de meia-noite, com uma mosca torrando o meu útero pensando em postar alguma coisa. Mas o quê? O PAC, o IR, o etc., o sambinha no Grajaú Tenis Clube que eu fui ontem, minhas idéias para o doutorado, o marido, o ex, os amigos que a gente encontra por aí, a ex-amiga que pegou o ex-namorado quando eu AINDA namorava com ele... o q?
Ah, tem o Big Brother, que eu não entendo nada, mas posso cair no lugar comum de falar mal, ou falar bem. Mas como, se eu não vejo? Nem vejo mais televisão... não por não querer, mas por impossibilidade. Poderia falar do Império Serrano, da Portela, do Flamengo... da cervinha que eu tomei na Central na madruga de terça para quarta... da Surica no Beco do Rato na sexta...
Mas falar de quê?
Do Cd do Seu Jorge, que eu achei uma merda? Nãããããoooo...
Fora as outras cousas que não devo falar sobre... Impossível.
Acho que vou dormir.
Amanhã eu penso melhor.

Monday, March 3, 2008

O quê? Março?!


Nossa... eu me lembro que minha mãe, muitos anos atrás me apavorava com as historinhas kardecistas dela. Dos livros espíritas que ela lia, tirava algumas certezas que me apavoravam. Imaginem, eu uma pobre menina, tímida, que morria de medo de morrer (!!!!!), dormia todas as noites pensando em como seria em 1999, mais precisamente o mês de outubro, quando o tal mini-planeta colidiria com a Terra e a colocaria novamente em seu eixo. Nunca me explicaram como o eixo foi perdido, mas era certa a morte de grande parte de nós... miséria, fome, mortos apodrecendo por todos os lados, uma nuvem de poeira impedindo a luz do sol de chegar até os pobres sobreviventes, vegetação morta... nossa, eu chorava de pavor. Quase um Mad Max e sem o Mel Gibson ainda gostosão para melhorar a paisagem...rsrsrsrs

Uma outra coisa que ela dizia era que quanto mais o dia do FIM se aproximasse, mais rápido o tempo passaria. Gente, eu acho a minha mãe tão inteligente... como ela poderia acreditar nessas coisas? Eu, 8 anos, tudo bem. Mas... ela?!
Mas sabem, parece que o tempo está passando mais rápido mesmo. Março, cara. Março!!!

Tenho que fazer o IR, ver as coisas da obra, já pensar em avaliação na escola... meu infeliz reveillon parece que foi semana passada e não foi nem no mês passado!

Eu, hein.

Mas hoje é segunda-feira, está um calor dos diabos e eu vou, finalmente, para a praia.
Nem acredito. Parecia mais fácil o tal planeta bater na Terra ainda este ano, ou mês, ou semana, do que eu conseguir um bronzeado maneiro antes de fazer a minha tatuagem.

Pensamento positivo, o tempo não vai virar, ninguém vai me aparecer com uma tarefa para agora e eu vou.

Saturday, March 1, 2008

Manifestoon

Ah, todo mundo sabe que minha vida de militante acabou já há alguns anos...
mas indicaram um vídeo para eu ver no youtube e lá fui eu...

Vejam também: http://www.youtube.com/watch?v=NbTIJ9_bLP4

É o Manifesto Comunista, utilizando imagens de uma série de cartoons, desde os bem velhinhos em PB até os nossos conhecidos de Hannah-Barbera e Disney... engraçadinho...
Vale a pena asssistir... dica cultural...hahahaha

Ah, encontrei um outro na mesma lista... só que do Bob Esponja... Esse é mais sacana e anti-China... Amei o Patrick, de luta!!! kkkkk

É aí ó: http://www.youtube.com/watch?v=pQCnl_l6p2s&feature=related

Os dois estão com áudio em inglês, mas o Manifestoon você consegue encontrar versão com legendas.
Divirtam-se!!!!

Back again...

várias coisinhas aconteceram... fiquei um tempinho sem net, sem o G4, sem paciência, com a cabeça correndo a mil por hora... crises, crises e mais crises... vai uma, volta outra. Acho que preciso de um tempo fora do ar. Mas mesmo...

As aulas recomeçaram e a minha escola é linda!!!!
E olha que eu não estou de sacanagem. rsrsrsrs
É sério!!!!!!!

Bom, voltei aqui só para falar que voltei, estou meio para baixo e sem vontade. Depois eu melhoro. Não adianta que sob pressão eu só dou certo na vida acadêmica.