Tuesday, July 28, 2009

Nóia

Realmente, estou de férias. Sabem como sei disso?
Estou deseperada atrás de um msn para falar com alguém do Rio e não encontro.
Ninguém me manda e-mails de trabalho.
Orkut... ah, orkut não conta.
Estou lendo, estudando meu francês e minhas coisas.
Durmo à tarde sem maiores preocupações a não ser quando irei para a casa de alguma pessoa.
Ai, mas estou querendo voltar. Que horror! Ar puro, céu estrelado, nada pra fazer e eu querendo voltar pro Rio... eu hein...
Tudo bem.
Hoje minha mãe sentiu falta de ter passeado mais, ou melhor, de ter passeado, já que só rodamos de carro da casa de um parente para a outra. Eu nem vi as preguiças da praça da cidade... rs
Mas tudo bem, amanhã à noite embarcaremos naquele ônibus com ar condicionado, todo mundo resfriado, tossindo, doentes... e já me sentirei pisando em terras de São Sebastião do Rio de Janeiro.

Monday, July 27, 2009

Cheguei ontem!

Bom, comparando com a foto abaixo mudou um pouco. A Igreja está pintada de azul. Estou tirando umas fotinhos aos poucos, porque tenho dormido muito.
Mas a cidade cresceu demais. E está legal.
Muito frio, uma garganta inflamada e a tosse que não passa.
Mas a comida está tdb! Isso sem falar no Mate Cola, refrigerante artesanal da cidade que eu adoro.
Adoro tanto e desde sempre de um jeito que meus primos compram pra mim aos montes.. rsrs

Sunday, July 19, 2009

Semana que promete!


Final de domingo e uma nova semana começa. Uma semana que promete. Só eu sei.
Em uma semana estarei em Teófilo Otoni, MG, cidade de minha mãe. Vamos as duas visitar a parentada que eu não vejo há uns 10 anos, salvo aqueles que aparecem por aqui.
Estou ansiosa. Não muito, mas estou. Não tenho certeza se devo ir, já que estou dura e cheia de coisas para fazer, tinha me programado para pesquisar neste recesso de meio de ano. Mas pelo menos eu me afasto um pouco da cidade, da muvuca, né? Respiro um ar puro e faço o que posso fazer lá: ler um pouco, por exemplo.
Espero ter coisas para fazer. Mas não muitas. Quero ficar quieta.
Uma das minhas melhores lembranças lá é sentar na calçada, sob a sombra de uma frondosa árvore e, com uma facão, descascar uns lascos de cana para chupar... delícia!

Saturday, July 11, 2009

Amigos de ontem e amigos de sempre, cabelos de amanhã

Hoje resolvi tirar um velho scanner da caixa e postar algumas fotos minhas antigas no Orkut e no MySpace. Peguei aquela velha caixa de sapatos onde eu juntei as fotos que me restaram quando saí da casa de meus pais com as que Sunday trouxe da Alemanha e as que restaram do casamento dele com a Lúcia. E fui vendo uma por uma.
Ai, o tempo é muito cruel mesmo. Mas adoro fotos antigas porque me dá vontade de emagrecer, por exemplo. rs
Matei saudades dos que já morreram... meu primo, dona Célia, dos que foram embora... meu padrinho, Mari, Belô, Caê... dos ex-namorados... Cláudio, Diogo... dos que estão longe... em Minas, na Bahia...
E fui relembrando os momentos, as festas e de como pessoas vêm e vão de nossas vidas, como de repente somos tão íntimos, nos separamos e de repente, simplesmente nos vemos distantes dessas pessoas. Seja porque fomos magoados, porque magoamos, porque ignorávamos nossas diferenças...
E encontrei álbuns, vários álbuns de grupos de pessoas com as quais eu já andei...
Será que eu tive vontade de me reaproximar dessas pessoas? Sabe que não? Muitas, talvez a maioria delas, não.
Mas decidi deixar o meu cabelo crescer de novo.

Primos e Irmãos

Eu fui criada entre homens. Filha única, minha mãe sempre me tratou como uma princesa e meu pai, óbviamente, também.
Mas tinha primos que moravam na casa que fica atrás da minha. Eram uns moleques danados: Ná, Lu e Nagibe. Os dois primeiros poucos meses mais novos que eu e o outro dois anos mais velhos.
A gente brincava junto, a gente se batia, eles tentavam me ensinar a jogar bolinha de gude, a soltar pipa... sempre fui uma desgraça.
Eu até apreciava a idéia de ficar no meio dos coleguinhas deles, principalmente aqueles do Nagibinho, popular pichador do bairro... afinal eles eram todos gatíssimos e mais velhos...
Eu adorava essa possibilidade, ainda mais tendo meus 11 anos... Mas Dona Lourdes não achava isso legal não. Afinal, eu era especial, né? Bobinha, poderia ser enganada por um daqueles moleques.. rsrsrs
Eu sempre dava o meu jeito,né? Aproveitei um pouco a popularidade do Nagibe e da ótima relação que sempre tive com ele. Fiquei conhecida como "prima", virei prima de todos os meninos do bairro e todo mundo sabia que o Nagibinho tinha uma prima cujo pai era uma fera.
É. Eu não podia sair nem nada. Meus pais nunca foram liberais nessa hora. Eu morria de ódio, mas não podia fazer nada. Ficava em casa ouvindo música, lendo minhas revistas Bizz e "improoving my English".
O que eu aprendi com isso tudo? Que andar com os meninos é sempre legal. Detesto mulheres que antes de qualquer coisa dizem que os homens não valem nada. Valem sim, e muito. Adoro todos. Só não gosto daqueles que são burros ou idiotas. Os outros eu sempre perdoo. rs
Aprendi a gostar de música boa. Passava meus momentos solitários ouvindo british rock e aprendendo o que é 'música de verdade' na Fluminense Fm.
Realmente não confio muito nas pessoas, talvez por isso tenha tão poucos amigos. Sempre fui muito sozinha, aprendi a ser assim, tive que ser assim. Quando estou sofrendo, poucas vezes me abro com alguém... faço isso escrevendo. Como sempre fiz.
Sendo assim, prefiro fazer certas coisas sozinhas, como 'bater perna' no centro da cidade, ir ao cinema...
Meu inglês sempre foi muito bom, obrigada. Dificilmente me sinto sozinha e decido as coisas sem perguntar a ninguém. Mas isso nem sempre é legal. Ainda mais quando se é casado...
Aos poucos, já quase adulta, fui aprendendo a tentar a ser menos egocêntrica e a perceber que o mundo não gira em torno de mim. Isso é muito dolorido, mas acho que aprendi direitinho, ou quase.
Meus primos? Ah, mudaram-se e pouco contato tivemos desde então. Moram no mesmo bairro, mas pouco nos vemos. Nasser e Luciano casaram e tem filhos que nunca conheci, nem ao menos suas esposas.
Nagibinho morreu quando eu tinha 21 anos, durante um pescaria no Recreio num feriado de 1o de maio. Não me lembro se chorei muito, foi horrível esperar o corpo ser encontrado e não tive coragem de ir ao enterro daquele primo que sempre quis que fosse meu irmão. Minha mãe ficou várias semanas doente e sofrendo muito. Meu pai sofreu do jeito dele, bebendo muito e fazendo visitas regulares a minha tia Eva.
A partir daí as famílias se reaproximaram um pouco, afinal meus pais era padrinhos do Nagibinho e sempre o acolhíamos em casa quando ele tinha problemas com a mãe. Quase veio morar conosco umas duas vezes.
Nagibe era muito querido, muito amado. Até hoje faz muita falta.
Esse aqui é para ele.