Thursday, June 17, 2010

A volta?

Agora você que está aí lendo imagine um bebê com quatro meses de vida. As cólicas estão (teoricamente) passando, ele já interage, ri, brinca, é um fofo. Nem tem mais cara de joelho.
Depois de passar esse período de vida da criança vivendo em função dela, acordando de madrugada, alimentando, olhando, fazendo tudo por ela, você acorda um dia cedo, vai trabalhar e só retorna nove, dez horas depois, com o seio doendo horrores, morrendo de saudades e frustrada ao ouvir o relato de que a criança chorou muito, "parece até que sentia sua falta" ou então sentindo-se mal amada ao saber que ela nem reparou que você não estava por perto.
É, acabou a licença maternidade.
Nos melhores casos, imagine a criança com seis meses.
Para as servidoras do município do Rio de Janeiro esse período pode estender-se até a criança completar um ano, ou até mais, se a mãe tiver licenças especiais para tirar. Independente do período, da idade da criança, é um dos piores momentos de uma mãe.
Não eu ainda não passei por isso. Meu bebê completa três meses no próximo dia 24 e eu ainda vivo para ele. Saio às vezes, deixo-o com meus pais, com o pai dele, mas por pouco tempo. E ainda assim volto para casa desesperada. E louca de saudades.
O retorno ao trabalho pode ser obrigatório, nas empresas particulares aos quatro ou seis meses. Para nós, servidoras da PCRJ, pode acontecer a partir do quarto mês de vida da criança. Mas ninguém quer voltar. Porém, às vezes é necessário.

Eu, provavelmente, retornarei ao trabalho no final de julho. Choro dia sim, dia não, desde que tomei essa decisão, motivada por razões financeiras. Se eu quero? Não, claro que não, óbvio que não.
Já resolvi meu horário na minha escola, ok. Agora estou correndo atrás do que mais interessa: a hora extra. Ainda não consegui. Dela depende meu retorno. Mas não sei se fico feliz quando encontro escolas que precisam de professores de história. Coração apeeeeerrrtaaa...

Monday, June 7, 2010

Om


Ioga, yoga, iôga...
Essa prática entrou na minha vida quando eu estava grávida de 3 meses. Aqui no final do mundo, Jacarepaguá, a despeito do tamanho do bairro, as possibilidades são poucas. Achei que por morar próximo a Vargem Grande e Pequena, a busca seria mais fácil. Péin! Errada.
Eu pensava: se eu quero fazer algo para relaxar, meditar, não posso pensar em atravessar trânsito algum, ainda mais dentro do bairro ou na Barra da Tijuca. Seria jogar dinheiro fora.
Então conheci o Ananda Surya Centro de Yoga.
Comecei bem, indo a todas as aulas. Com o final da gravidez se aproximando, as faltas aumentaram e com 8 meses já não ia mais. Retornei um mês e meio após o nascimento de Anthony, em uma prática mais vigorosa.
Não é a meditação, não é o relaxamento, não é a prática.
É tudo.
Estressada que eu sou, passei bem por todo o processo de gravidez na boa.
Ansiosa que eu sou, aprendi a inspirar pelo nariz e a soltar pela boca toda vez que algo fazia meu coração apertar.
Aprendi a passar essa calma, tão estranha para mim, ao meu baby quando está nervoso.

Pessoas, façam yoga.