Thursday, January 31, 2008

POLICIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Vamos voltar a falar sério, finalmente?
Que crise na PM, hein, neguin?
Acho que todo mundo que lê esse blog já percebeu que eu gosto de ler os blogs do Globo. Um erro mortal, diriam alguns... mas a essa altura do campeonato... se não for NYT, nem sei... eca...

Pois bem, leiam:

“Enviado por Jorge Antonio Barros - 30.1.2008 | 16h26m
crise na polícia
Uma ameaça ao diálogo entre PM e comunidades


Eu sei muito bem que muitos de vocês, meus diletos leitores, não estão nem aí para o que vou dizer agora. Mas tem um setor do movimento popular que pode perder muito com a saída do coronel Ubiratan Ângelo, do comando-geral da PM: o do terceiro setor e das comunidades pobres. Vocês que acompanham este blog sabem que eu já havia dito em setembro do ano passado que o coronel Ubiratan havia cavado sua saída quando começou a divergir flagrantemente de seu superior imediato, o secretário de Segurança, e depois do próprio governador Sérgio Cabral.

Mas hoje, ligando uma informação a outra, ouvindo uma e outra pessoa, acredito que o coronel Ubiratan tenha também provocado sua saída porque não quer ter na sua biografia o comando da PM durante a megaoperação prevista para o Alemão.

Cria do Morro São João, na Zona Norte do Rio, filho de um oficial de serralheria, Ubiratan não fazia de forma alguma o modelito negro e favelado, que já fez sucesso na política. Mas tinha um excelente canal de comunicação com o terceiro setor e líderes comunitários, não só por não renegar sua origem como por ter uma atitude mais reflexiva. Com o novo comandante, coronel Pitta, esse canal pode estar ameaçado.

Líderes comunitários que ouvi hoje ficaram perplexos com a saída do coronel Ubiratan porque percebem que, pelo menos por enquanto, acabou o sonho de um diálogo promissor entre PM e comuidades pobres. Mas confessam também algum alívio de saberem que o jogo agora será mais claro.“

Anos atrás, digamos, uns... deixa eu contar... cinco anos, talvez sete, tive algum tipo de relação com lideranças comunitárias de diversas favelas do Rio, por questões mil e que não vêm ao caso aqui e agora. Neste “esquema“, no bom sentido do termo, conheci o Cel. Ubiratan. Bem mais magro... era até charmoso (acreditem, meninas!!!!).

O Ubiratan era o Comandante dos GPAES, aquele tipo de policiamento que tem lá no Pavão-Pavãozinho e que dizia querer humanizar a relação entre polícia e moradores.
Qual não foi o meu pavor ao ver o mesmo cara, 35 quilos mais gordo, no comado da PM?
Não conheço o caráter do Cel., não confio no Sergio Cabral, acho esse Pitta um péla-saco, mas lembro de como as lideranças simpatizavam com ele (o Ubiratan), como diziam ser fácil dialogar com ele. Havia uma comparação direta dele com o cara da Tijuca, pelos dois serem negros. Desculpem, não me recordo o nome... acho que Calixto...isso, comandante do BPM da Tijuca. Diziam ser o Ubiratan muito mais “negão“ que o Calixto, porque conversava, tentava contornar para não haver problemas, mesmo porque a experiência do GPAE no Pavão era um sucesso, apesar dos pesares, as coisas tinham que acontecer, de uma forma ou de outra.

Já disse que esperança não tenho, mas torço para que esse problema se resolva, para o bem das nossas comunidades. Pelo que diz a nota reproduzida acima, pelo menos daqui para a frente, infelizmente, sabemos que vem chumbo grosso pela frente e sem bate-papo.

Que Oxalá nos proteja.
A TODOS A NÓS

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