Não!!

Não que eu esteja mais calma, nada disso... minha cabeça está uma coisa...
Mas acho que agora tenho condições de dizer algo sobre o que vem acontecendo nessa cidade, nesse estado, nesse país.
Tenho um medo, que me bateu hoje à porta repentinamente. O pensamento já povoava minha mente há alguns anos, todos falam de uma forma ou de outra nisso, mas hoje eu tive medo. Tudo começou em uma van que eu peguei de Jacarepaguá para o centro da cidade, via Linha Amarela, trajeto mais rápido para mim. Se mais perigoso,como uitos dizem, realmente não ligo muito, embora algumas vezes passe uma paranóia na cabeça e eu fique com o celular na mão para qq eventualidade... que horror dizer isso... mas fazer o quê, né?
Mas hoje, ao invés do "piloto" seguir pela Av. Brasil, ele entrou na Leopoldo Bulhões... cara... que medo me deu... do nada... eu senti medo de passar ali. Quem me conhece sabe que eu já andei boa parte dessa cidade e medo poucas vezes fez parte do meu dia-a-dia, mas posso dizer que hoje eu temi um pouco passar por ali.
Deixei as palavras mais brandas porque lembrei que medo mesmo eu só senti uma vez, aquele que te congela... foi na Lapa, qdo um moleque disse que ia me matar porque eu não queria dançar com ele... ele só faltou me bater e saiu rapidinho, dizendo que voltaria logo, que se eu fosse sair, que fosse para bem longe. Aquilo foi pavor, mesmo porque meu marido não teve pressa em ir, pegou um pedaço de pau e esperou. Só fomos porque ele viu que eu estava realmente APAVORADA.
Viram? Isso me deixou com medo. Nunca uma situação envolvendo tiros e tal...
Então comecei apensar na porra toda: Renan, Jabour, Roriz, Lula, Alemão, Cabral, doméstica, prostituta, playboy da Barra, playboy de Copa, milícia onde eu moro, aluno decepando dedo de professora, mãe deixando filha de dois anos morrer...
Descontrole, desgoverno, descontrole.
Quem está no controle?
Quem está no controle?
Quem?
Não é o Congresso, nem a Globo, nem o Planalto, nem o chefe do Alemão, nem o Guanabara, nem os patrões, nem os clientes, nem os pais ou as mães, nem a PM, nem a Civil, nem a Federal, nem os professores/educadores, nem ninguém!
Ninguém está no controle!
Em junho o número de mortos no Iraque foi de pouco mais de 1200 pessoas. No Brasil, mais de 5 000. No Rio, a nossa bodycount só aumenta... hoje são mais de 1200 pessoas...
Essa falta de controle pode resultar politicamente em quê?
Alguém pode me responder porque eu me sinto uma idiota tentando!