Monday, August 3, 2009

A volta





Poucas coisas me chocaram em Teófilo Otoni. Primeiro foi saber que o grande problema da violência lá é o tráfico de drogas. Saber que todas as favelas da cidade estão contra uma. Os morros estão sendo ocupados, mas você nunca sabe se é uma favela ou um bairro novo que nasce. O limite é perceptível aos moradores. A nós, forasteiros, não. Se não tiver um casarão lindão lá no alto, pode vir a ser uma favela. Eu não entendi nada.
A cidade está muito bonita. Pareceu-me rica, com lindas casas em todos os lugares, para todos os lados. O mesmo acontece com as cercas elétricas. E em todos os tipos de casas. Achei isso bastante curioso, mesmo porque as invasões a domicílios não são frequentes, pelo que me disse um primo policial. É, eu tenho um primo policial..
O melhor de tudo foi ver as preguiças. Pra quem não sabe, a atração turística da cidade é uma família de preguiças que há muitas décadas habita as árvores na praça central da cidade. Já foram mais de cem, hoje são em torno de cinquenta,já que pessoas roubam os bichos para vender. Parece que a prefeitura não tem nenhuma ação para preservação... espero estar errada. Elas descem... tirei foto de uma dois metros acima de mim... disseram que elas vem ao chão e depois sobem.
Parei na praça como turista que era e comecei a olhar para cima. Depois de uns dez minutos vi a primeira dupla e logo moradores me apontaram outras e começaram a falar sobre elas. A praça é um point. Lá ficam os aposentados, lá o povo compra pedras semi-preciosas, o povo senta e deixa o tempo passar, lancha, joga... cidade de interior, né, gente?
Muito bom. Adorei ter ido, ter revisto a Póia, amiga de infância que não encontrava há 15 anos, visto os primos, os tios, ter enchido os cornos de Mate-Cola... mas no better place than home...

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