Monday, December 31, 2007

Explicações

Euzinha não postei o novo samba do Império porque eu acho esse de 2006 a tradução máxima do orgulho de ser imperiano.
Just that, ok?

Adeus ano velho, feliz blá blá blá, blá...

... que tudo blá blá blá blá,
no ano que blá blá blá...
muito dinheiro no bolso,
saúde pra blá blá blá...

Zente, faltam quatro horas, mas sabe, nunca estive tão “foda-se o ano novo“ na vida.
Mas isso sou eu, né? Estudando o dia todo... sem a mínima vontade de tomar uma das várias cervas que estão gelando... devo estar com algum problema... só pode.
Ficarei em casa, pensando no que eu quero para 2008, afinal, o dia 31 de dezembro só serve para isso mesmo. O resto é putaria. Tô falando da parte séria da coisa.
Estudar francês e alemão, projeto do doutorado, arrebentar no CEC, estudar demais da conta... e adorando. Tem que ser assim, senão não tem a mínima graça. Fazer coisas sem tesão não rola, baby. Vou abolir essa porra da minha vida em 2008.

Mas que raiva dos fogos... que raiva dos fogos, que raiva desses estouros...

Fora isso, só paz, amor, saúde e muito menos violência na vida de todos nós no próximo ano!!!!!
Ah, muito beijo na boca, ok?

Friday, December 28, 2007

Muitas vezes eu sento aqui com muita vontade de escrever. Coisas bobas, coisas que considero importantes... coisas. Porém, hoje gostaria de escrever algo muito especial para uma pessoa muito especial e que está passando por um momento muito difícil.
Mesmo sabendo o que e para quem escrever, não consigo. Da mesma maneira que, ontem e antes de ontem também não sabia o que dizer ao abraçá-lo. O “sinto muito“ teimava em não sair. Era simplesmente o não saber o que fazer, o que falar, para onde olhar. Acho que o máximo que consigo fazer é prestar a minha homenagem a esposa desse meu amigo, Rogério. Ela modificou a vida de muitos Roger, mas sabemos que a sua, em especial.

Dia 26 perdemos uma pessoa muito querida, muito especial e que ajudou muita gente. Fosse em seu ofício de médica ou em um simples bate-papo em um bar qualquer, Lenora sempre vinha com um sorriso, uma palavra de carinho, carinho, suas palavras fortes e com poucas dúvidas. Ajudou muitos a crescer, a reavaliar muitas coisas, a pensar um pouco diferente. Eu fui uma dessas pessoas. E a ela devo poucas, mas importantes palavras, trocadas em diferentes e nem tão frequentes ocasiões, mas que me levaram a ver muitas coisas por um viés diferente. Obrigada e esteja bem, tomando conta de todos os que te amam e que tanto sentirão a sua falta.

Wednesday, December 26, 2007

E viva a minha Escola

O Império do Divino (2006)
Império Serrano (RJ)

Composição: Arlindo Cruz, Maurição, Carlos Sena, Aluízio Machado e Elmo Caetano

O meu Império é raiz, herança
E tem magia pra sambar o ano inteiro
Imperiano de fé não cansa
Confia na lança do Santo Guerreiro
E faz a festa porque Deus é brasileiro

Cantando em forma de oração
Serrinha pede paz, felicidade
Pra nossa gente que não pára de rezar
E como tem religiosidade

Senhor, olhai por nós
Até por quem perdeu a fé
Vem meu amor
Na festa pr’o Divino
Pagar promessa
De joelho ou de pé

Hoje tem maracatu, bate tambor
Cai na folia, é Festa de Reis
Chão colorido
Fogaréu, Semana Santa
Pode chegar
Que aqui tem festa todo mês

Tem romaria lá no Juazeiro
A procissão do Círio faz chorar
Mas o Brasil é tão alegre e festeiro
É um celeiro de cultura popular

A esperança vem do índio caiapó
É louvação com muito amor no coração
Do povo negro, veio todo axé
Lá do terreiro umbanda e candomblé
Um mar de flores para Iemanjá
Água de cheiro, águas de Oxalá

O meu Império é raiz, herança
E tem magia pra sambar o ano inteiro
Imperiano de fé não cansa
Confia na lança do Santo Guerreiro
E faz a festa porque Deus é brasileiro

mea culpa, mea maxima culpa'

Não tenho muito mais a dizer.
Hoje é natal. Não me importo, não ligo, não comemoro. Não acredito, não vejo nada a ser comemorado.
Mas me doeu, hoje, a essa hora, me doeu muito e me sinto culpada por um abandono, por uma falta. Falta minha a algo que me orgulho muito de fazer parte: o Império Serrano. Tenho batido tanto no peito nos últimos anos... hoje me sinto ridícula. Quando mais precisa de mim, o que eu faço? O abandono.
Leiam:

“Viva o Império Serrano!


Silas de Oliveira, Mano Décio, Mestre Macarrão, todos os bambas históricos estavam lá, eles não faltam jamais. Suas almas fazem parte daquele mundo. No mais, quase ninguém foi, compondo um cenário desolador, no endereço de um dos grandes berços do melhor carnaval. A pouco mais de um mês do desafio de voltar ao Grupo Especial, o Império Serrano padece numa melancolia dolorida e silenciosa. Sábado agora, o ensaio da escola, na quadra de Madureira, teve perto de 50 testemunhas. Um vazio de samba-canção, que a verde-e-branco, por toda a sua história, não merece.


Não era a proximidade do Natal, como pôde constatar quem esteve na Mangueira, ou no Salgueiro. (O carnaval curto que inventaram para o Rio em 2008 não permite desperdiçar sábados, para quem é do babado.) Mas ao Império, ninguém foi. Não apareceram os eternos neófitos do samba, que lotaram a quadra em 2004, na inesquecível reprise de "Aquarela brasileira". Esses migram segundo a moda. E a Serrinha está desgraçadamente fora do circuito.


Somente um par de mesas ocupado, um solitário camarote habitado - o da incansável Rachel Valença, salve ela! A entrada a R$ 5 (Mangueira e Salgueiro, na mesma noite, cobravam R$ 20 a cada vivente) não seduziu quase ninguém. E a quadra era um latifúndio constrangedor. A emoldurá-la, o letreiro com o título do enredo de 2008, nova homenagem a Carmem Miranda, ganhava tons irônicos diante do quase-ninguém: "Taí, eu fiz tudo pra você gostar de mim".


Mas quem perseverou foi recompensado - afinal, a magia do Império sobrevive. O ensaio começou com "Heróis da liberdade", e os teimosos viraram privilegiados, ao ouvir a lendária bateria dos agogôs executar o samba-enredo mais bonito de todos os carnavais. Um espetáculo! A coleção de obras magistrais da escola permitiu até poupar outros clássicos, como "Aquarela" e "Bumbum, paticumbum, prugurundum", para citar apenas dois não tocados.


Tudo bem. No deserto da quadra à míngüa de público, sobrou dignidade. Desfilaram as baianas, requebraram as passistas, bailaram o mestre-sala e a porta-bandeira - e, mais do que todos os outros, reinou a bateria, com a força e a arte que lhe garantem a fama. Azar de quem não foi, porque sambou-se rasgado madrugada adentro, e a vida real das agruras carnavalescas terminou esquecida por algumas horas. Você aí devia ir, sábado que vem - e no outro, e no outro...


Porque há algo de muito errado numa festa que prescinde do Império Serrano.“

Enviado por Aydano André Motta - 24.12.2007 | 1h47m
Blogs - O Globo on Line

Friday, December 21, 2007

Até depois!!!!

Fim de ano é mesmo uma piração.
Acho, e espero, que hoje tenha sido a última confraternização de fim de ano que eu participo. Não por eu não gostar, mas porque preciso descansar...rrsrsrs
Este post, na verdade, é para meus amigos do trabalho. E amigos de copo, e de quartas, e de culminancias e de Raf.
Impressionante como este ano foi positivo pra mim no trabalho. Aproximei-me de pessoas maravilhosas que fizeram com que eu curtisse muito ir para Guaratiba trabalhar. Deixou de ser longe.
Até os desmandos de Cesar Maia me pareceram menos dolorosos, eu acho, com esse povo.
Pena para quem parece que vai sair, espero não ser obrigada a ir para outra escola.
Quero continuar lá, ir para o Morro Careca e fazer váááárias farras com vcs ano que vem.
Obrigada e bjos!!!!!

Monday, December 17, 2007

Pensamentos

Hoje foi um dia atípico para mim. Acordei cedo e fui com a minha mãe assistir a formatura da primeira oitava série da minha escola. Estava muito contente mesmo, porque alguns alunos ali, desde o ano passado, estiveram bastante presentes em minha vida escolar. Os olhinhos brilhando e a certeza de que conseguiram, afinal, terminar esta etapa da vida deles foram momentos muito emocionantes para mim.

Depois parti com a Rosana, diretora, para a entrega do Premio Talento 2007, promovido pela Décima CRE e dado aos chamados professores destaque de cada escola da Coordenadoria. Bom, como fui, né... presume-se que eu fui este destaque este ano na escola, escolhida pelos meus próprios colegas. Motivo essse de orgulho para mim, mais do que qualquer premio que poderia receber. Brinco que ganhei o título de Miss Simpatia... rsrsrs

Mas meus pensamentos vagueiam por outras searas.
É claro que, de uma forma ou de outra, é um incentivo aos profissionais de educação do município. Mesmo que role nos corredores a conversa de que quem ganha é puxa-saco da diretoria (talvez porque em alguns locais a diretoria escolha o tal professor destaque, em consultar ninguém). Mas acaba sendo um incentivo entre nós mesmos, já que professores e diretor acabam sendo a mesma coisa, estamos na mesma linha de contato com pais e alunos,
Mas e o incentivo que vem lá de cima? Onde está?

Garanto que não está no decreto que instituiu o regime de ciclos ou que acabou com os conceitos O (ótimo) e I (insuficiente) para simplesmente acabar com as possibilidades de um aluno, por maiores que sejam as dificuldades dele, ficar reprovado no final de um ano ou de um ciclo. Ah, não nos esqueçamos de que a discussão sobre essas possibilidades não chegou a grande maioria dos profissionais de educação desta cidade. Chegou, sim, dez dias antes dos conselhos de classe ou já como decreto, publicado em DO.

É legal ganhar um premio? É.
É legal ser reconhecido como um bom profissional pelos seus colegas? É.
Mas é péssimo ser tratado como gado pela prefeitura, não ter seu trabalho realmente valorizado por ela e, ainda por cima, ser acusado de ser o responsável por falhas históricas do sistema de educação. Tudo isso em troca de mais verbas para serem investidas. Em que mesmo?

Omulu/Obaluaie

Chegando de viagem à aldeia onde nascera, Omulu viu que estava acontecendo uma festa com a presença de todos os Orisás. Omulu não podia entrar na festa, devido à sua medonha aparência. Então ficou espreitando pelas frestas do terreiro. Ogum, ao perceber a angústia do Orisá, cobriu-o com uma roupa de palha, com um capuz que ocultava seu rosto doente, e convidou-o a entrar e aproveitar a alegria dos festejos.


Apesar de envergonhado, Omulu entrou, mas ninguém se aproximava dele. Iansã tudo acompanhava com o rabo do olho. Ela compreendia a triste situação de Omulu e dele se compadecia. Iansã esperou que ele estivesse bem no centro do barracão. O xirê estava animado.


Os Orisás dançavam alegremente com suas equedes. Iansã chegou então bem perto dele e soprou suas roupas de palha, levantou-lhe as palhas que cobriam sua pestilência. Nesse momento de encanto e ventania, as feridas de Omulu pularam para o alto, transformadas numa chuva de pipocas, que se espalharam brancas pelo barracão. Omulu, o deus das doenças, transformara-se num jovem, num jovem belo e encantador.


Omulu e Iansã Igbalé tornaram-se grandes amigos e reinaram juntos sobre o mundo dos espíritos dos mortos, partilhando o poder único de abrir e interromper as demandas dos mortos sobre os homens.

Saturday, December 15, 2007

15/12/2007

Estou com sono, mas com uma baita vontade de escrever.
Tanta coisa... a começar pela surra que venho tomando deste IMac.. e dizem que é (beeeeemmmm) mais simples que o PC. Será mesmo?
Ano acabando e tanto passando pela cabeça. Afinal, um ano novo vai começar. É época de (re)começar alguma coisa. Qualquer coisa.

O ano letivo já se encontra na última semana, aula que é o que conta, já foi, já era. Na semana que vem, só burocracia, coisa que o prefeito gosta muito. Falando nele, a aprovação automática parece que nem a pau cai. E eu me vi aprovando alunos que nem caderno tinham, já que muitos de meus colegas se entregaram ao sistema de ensino do deixa para lá. Reprovar aluno... só se o carinha for ruim em todas as cadeiras. Onde já se viu um aluno sem caderno tirar B em matemática?!?!?! Isso sem falar no outro que só vai para a aula de Educação Física e passa, pq frequentou uma aula o ano inteiro. Ridículo!!!!!
Cansa, sabe... desestimula pacas.

E por que as pessoas estão com a auto-estima tão lá embaixo??? (Hmmmm será que já não me expliquei isso no parágrafo anterior... )
Não suporto, fico puta com o mundo quando vejo as pessoas, principalmente aquelas que eu gosto e me importo desistindo da luta antes de entrar na primeira batalha. Ninguém nasce sabendo nada, o lance é correr lá na frente. CARAMBA!!!!!!!
Que coisa... ah, eu, hein...

Saturday, December 8, 2007

paciencia, lenine, dudu falcao

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não pára...

Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...

Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...

O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...

Será que é tempo
Que lhe falta prá perceber?
Será que temos esse tempo
Prá perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára
A vida não pára não...

Será que é tempo
Que lhe falta prá perceber?
Será que temos esse tempo
Prá perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára
A vida não pára não...

A vida não pára!...
A vida é tão rara!...